Rapper escandaliza com lançamento de 666 tênis de satanás vendidos em um minuto

 



Famoso pelo single de country rap "Old Town Road", que viralizou em 2019, o rapper Lil Nas X agitou as redes sociais ao anunciar as vendas sua própria versão do Nike Air Max 97, como o tênis de satanás, que apresentava uma gota de sangue na entressola do tênis. 


As referências ao inimigo dos cristãos são claras no sapato. Foram produzidos apenas 666 pares, vendidos em menos de um minutos, mesmo ao custo de $ 1.018 dólares o par. O artista, que defende a agenda gay, tentou minimizar as críticas nas redes sociais e zombou daqueles que questionaram a estratégia de marketing. 


Tênis conta com ícones associados a satanás


Se não bastasse os pentagramas e as cruzes invertidas, o tênis traz ainda uma referência bíblica, de Lucas 10:18: "Jesus lhes disse: Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago". Quem não gostou nem um pouco dessa estratégia bizarra de marketing foi a Nike, responsável pela versão original do tênis, que pretende processar os responsáveis pela subversão. 


A versão do artista foi elaborada em parceria com o coletivo de arte MSCHF de Brooklyn, NY. Esse grupo participa do clip do seu novo single “Montero (Call Me By Your Name)", com uma estética satânica e temática que zomba da tradição cristã. A estratégia é mais uma que busca avançar nos limites das intervenções artísticas para potencializar o acirramento ideológico entre conservadores e progressistas na sociedade atual e ganhar likes, de um lado e deslikes, do outro. 


O single e o lançamento do tênis defendem a agenda gay no mundo estimulando as pessoas a mergulharem na sua sexualidade e na identidade gay. O clipe brinca com ícones da cultura cristã e da cultura universal, mostrando a grande descoberta do homem, da sua liberdade e da sua autonomia. No clipe, o o artista rejeita o céu e desce de pole dance até o inferno. 


Montero é o próprio nome de batismo do rapper e a música mostra sua descoberta como gay e a sua libertação da culpa decorrente da cultura cristã. A utilização da expressão Call Me By Your Name na música não é gratuita. A expressão indica uma unidade entre duas pessoas, a ponto de uma delas ser chamada pelo nome da outra e ser reconhecido por isso, como acontece entre Cristo e os cristãos, seus discípulos. O termo também é título de um  livro e um filme com temática gay lançado em 2007 e que ganhou as telas da Netflix em 2017.  


Clipe faz alusão a ícones sacros e profanos


Para não dar muita corda para esse tipo de estratégia, muito parecida com a utilizada pelos integrantes do grupo Portas dos Fundos, lembro do Salmo 36: 


Há no coração do ímpio a voz da transgressão; não há temor de Deus diante de seus olhos. Porque a transgressão o lisonjeia a seus olhos e lhe diz que a sua iniquidade não há de ser descoberta, nem detestada. As palavras de sua boca são maldade e engano; deixou de lado o discernimento e a prática do bem. No seu leito, planeja maldades, detém-se em caminho que não é bom, e não rejeita aquilo que é mau.
Salmos 36:1-4 


Também uma pequena dose do Salmo 37: 


Não se irrite por causa dos malfeitores, nem tenha inveja dos que praticam a iniquidade. Pois em breve eles secarão como a relva e murcharão como a erva verde.
Salmos 37:1,2