Edir Macedo minimiza morte de pastor da Universal: problema dele!
As declarações do bispo Edir Macedo sobre o suicídio do pastor Lucas de Castro, de 35 anos, geraram revolta e indignação nas redes sociais. O líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record deu declarações mostrando profundo desprezo pela vida de uma liderança de sua própria denominação, revelando uma visão utilitarista: para ele, as “ovelhas” só teriam valor enquanto vivas e capazes de contribuir com dízimos.
O pastor Lucas morreu no dia 5 de agosto, na Bolívia. Segundo a polícia local, ele cometeu suicídio. Familiares afirmam que ele sofria de depressão e vivia um colapso mental, registrado em vídeos divulgados por sua esposa, Bruna Francieli Bortoto.
Em uma live, Edir Macedo comentou o caso com frases que chocaram até fiéis da Universal: “Morreu, acabou! […] Eu não vou ficar chorando a morte da bezerra” e “Esse pastor nunca foi pastor. Ele tinha título, mas nunca foi homem de Deus”. O bispo ainda afirmou: “Se matou, problema dele. É problema dele com Deus, não comigo”.
A repercussão negativa levou o líder a bloquear comentários em suas postagens e transmissões. Para líderes cristãos e especialistas em saúde mental, o discurso de Macedo escancara a falta de acolhimento pastoral em situações de sofrimento psicológico e a negligência no cuidado com quem serve na obra.
A Igreja Universal negou qualquer omissão ou conhecimento prévio sobre a condição do pastor e classificou como falsas e prejudiciais as acusações em contrário. Ainda assim, o caso reacendeu o debate sobre depressão e suicídio no meio cristão, onde esses temas muitas vezes são tratados como fraqueza espiritual — o que afasta pastores e membros da ajuda médica e terapêutica.
A morte de Lucas e as falas de Edir Macedo deixam um alerta urgente: a saúde mental de líderes religiosos precisa ser prioridade, e o valor de cada vida não pode estar condicionado à capacidade de gerar resultados ou arrecadação para a instituição.