Promessas de Deus na Babilônia...ou música gospel na Rede Globo?!?


Acompanhei, um pouco atônito, as críticas sobre o fato de a Rede Globo ter dado espaço à música de adoração a Deus (denominada popularmente de gospel) num horário considerado nobre para o domingo. Confesso que não tive a mesma desconfiança de muitos irmãos nas redes sociais e em muitos blogs cristãos espalhados pelo país. Considerei sim mais uma abertura de espaço para evangelismo como o Senhor determinou.

O principal argumento dos críticos era de que a Globo estaria interessada em benefícios comerciais e nem um pouco preocupada em falar de Jesus com o tal Festival Promessas. Utilizou até mesmo Serginho Groismann como apresentador, o homem do bordão da vida inteligente na madrugada. Tudo bem. Não discordo disso, mas uma pergunta fica no ar: e daí?

A Globo é uma empresa, apelidada de Vênus Platinada, que manda e desmanda no país; dita moda e comportamentos e faz a cabeça de milhões de brasileiros. Por que não usar todo esse potencial para divulgar a mensagem bíblica, expressa em todas as canções apresentadas? Considero decorrentes de excesso de pudor as críticas contra a utilização do espaço. Ninguém que esteve ali falou algo que desvirtuasse as palavras do Senhor.

Todo mundo sabe que a Globo, através da Som Livre, acompanha a indústria fonográfico e já de há muito percebeu que o público evangélico é o que menos pirateia CDs e DVDs e encara, muitas vezes, a compra de um material de doutrinação como uma oferta ao Senhor. É lógico que os empresários estão de olho nisso, mas eu continuo perguntando e daí?

Alguns falaram sobre a concorrência com a TV Record que seria um dos motivos para investir na seara da rival. Mas uma vez pergunto: e daí? A Record também tem mergulhado cada vez mais no mercado secular, investindo em novelas e eventos esportivos. Bussiness. As empresas vivem de seus negócios e eles são movidos pelo dinheiro. Não dá para ser inocente e pensar que é possível se livrar dessa engrenagem.

Outra questão tem a ver com fato de encarar o show business evangélico como algo maligno, muitas vezes crendo que os shows evangélicos afrontam o nome de Deus. Exagero!! É minha opinião. Acho que o Senhor se utiliza de canais e meios disponíveis para levar sua evangelização para todos os povos e gentes. Não acho que cantores evangélicos comercializam a fé fazendo da adoração ao Senhor apenas um bom negócio. Tenho convicção que ganhar dinheiro não é pecado. Seja desenvolvendo uma atividade simplesmente comercial ou adorando e levando outros a adorar o Senhor. Desde que sejam respeitados os princípios éticos de todo cristão: não enganando ninguém, não subvertendo impostos e explorando funcionários, dentre outros mecanismos utilizados pelos empresários para ganhar giro de capital.

A crítica sobre fazer do culto ao Senhor um entretenimento que tornaria vã as suas palavras considero um argumento até infantil. Ou então vão querer cultos em latim e cheios de prosopopéias distantes dos nossos tempos que servem apenas para afastar as pessoas que vivem nossa realidade, de desenvolvimento tecnológico e de relações humanas potencializadas pelos meios virtuais. Enfim. Acho até perigoso essa divisão se levantando no nosso meio com tanta desconfiança e teoremas de conspiração.

Como sugestão, recomendo a leitura do texto “A Rede Globo, a Babilônia e a Pérsia”, escrito por Gustavo Bessa, esposo de Ana Paula Valadão. Nele, Gustavo expõe um texto intitulado em que contextualiza esse momento de ingresso da adoração ao Senhor na Globo como a estratégia política de Ciro que, após a queda da Babilônia, utilizou e incentivou o regresso dos judeus para a Palestina, porque queria ter aliados políticos a fim de manter o seu império. Para isso, auxiliou até mesmo na reconstrução do templo em Jerusalém. Essa história todos sabem, eu acho. Enfim...leiam, analisem, reflitam e depois opinem.

Termino com uma citação da Palavra da Verdade:

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”.
Marcos 16:15