Cristãos britânicos conclamam Dia Nacional de Oração Contra Suicídio Assistido


Com a votação final sobre a legalização do suicídio assistido marcada para o dia 20 de junho em Westminster, diversos grupos cristãos se uniram para convocar um dia nacional de oração contra essa proposta.

O debate envolve dois projetos de lei: um que tramita no Parlamento escocês, direcionado à Escócia, e outro no Parlamento britânico, que afetaria Inglaterra e País de Gales. Ambos avançaram em suas casas legislativas, mas há sinais de que parlamentares que antes apoiavam a iniciativa agora tendem a se abster ou até mudar o voto para rejeitá-la.

Movimentos cristãos como o Instituto Cristão, Affinity, CARE, Christian Medical Fellowship, Christian Concern e a Aliança Evangélica estão conclamando os cristãos britânicos a se unirem em oração no dia 11 de junho, intercedendo contra a aprovação dos projetos.

Simon Calvert, vice-diretor do Instituto Cristão, reforçou o chamado: “Convidamos cristãos em todo o Reino Unido a se juntar a nós em oração para barrar tentativas perigosas de legalizar o suicídio assistido. Não existe salvaguarda capaz de tornar essas propostas realmente seguras.”

Ele acrescentou: “Oremos para que Deus abra os olhos dos políticos, revelando que o chamado ‘morrer assistido’ nada mais é do que ajudar pessoas a tirarem a própria vida. Somos gratos pelos parlamentares que já se posicionam contra esses projetos e pedimos que mais encontrem coragem para fazer o mesmo.”

Relatórios recentes apontam que muitos parlamentares, que anteriormente votaram a favor apenas para permitir o debate, agora mostram sinais de hesitação. Entre eles está o deputado liberal-democrata Brian Mathew. Apesar de ter apoiado o projeto na segunda leitura, Mathew escreveu a eleitores de Melksham e Devizes expressando suas preocupações: “Temo que pessoas em situação de vulnerabilidade, enfrentando doenças terminais, sintam-se pressionadas a optar pela morte para não se tornarem um fardo para suas famílias. Esse peso psicológico é algo que me preocupa profundamente.”

Mathew reconheceu a força dos argumentos dos defensores da legalização, mas concluiu que eles falharam em endereçar de forma satisfatória os riscos apontados pelos opositores.

Reportagem postada originalmente no site Christian Today.